sábado, 24 de março de 2007

Poupança, se você ainda não fez a sua mexa-se enquanto ainda é tempo.


A longevidade é um fato consumado que deve marcar a história da humanidade no século XXI e todos precisam estar preparados para a nova realidade: a população, as empresas e os governos. Essa afirmação foi unanimidade entre os 4 palestrantes que conduziram o ¨I Fórum da Longevidade¨.
A questão agora não é apenas viver mais, mas sim viver mais e melhor, considerando de forma integrada todos os aspectos: físico, mental, e espiritual.
¨Quem não quiser envelhecer tem de morrer cedo¨, mencionou em tom provocativo o médico Alexandre Kalache, chefe do Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde. Na verdade, a mensagem de Kalache é que temos de caminhar para o envelhecimento de uma forma positiva, porque a longevidade é a perspectiva de um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo.
Alertou ainda, para que as pessoas tomem as rédeas de suas vidas, buscando estilos de vida saudáveis e ativos, se quiserem chegar e ultrapassar os 80 em condições de desfrutar com prazer e dignidade os anos a mais que a vida lhes reservou.
A influência das escolhas individuais na qualidade de vida futura foi o tema da palestra do economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca intitulada ¨O Futuro Chegou¨. Para Giannetti, o aumento da expectativa de vida faz com que a relação entre presente e futuro torne-se mais importante do que nunca, pois está aumentando o tempo em que vamos colher o que plantamos lá atrás.
Essa questão, que é abordada pelo economista em seu último livro, O Valor do Amanhã, se aplica a todos os aspectos da vida. Ele dá o exemplo do tabagismo, que se tornou um grave problema de saúde pública nas últimas décadas. Quando as pessoas viviam em média 50, 60 anos, os efeitos de longo prazo de fumar eram virtuais, porque a maioria delas morria de outras causas antes de aparecerem os danos do tabagismo. ¨Se você passa a viver 80, 90 anos, a possibilidade de ter que pagar o ¨juro¨ devido por ter fumado ao longo da vida é muito mais concreta, então as pessoas passam naturalmente a se preocupar mais com isso¨, observa.
Giannetti, nessa relação, que ele chama de termos de troca entre presente e futuro, existem duas possibilidades: uma é viver agora e pagar depois, que é a posição devedora. A outra é pagar agora e viver depois, como credores. ¨Neste caso, você visa um benefício futuro, que será a recompensa da espera. E, na posição devedora, o termo de troca entre presente e futuro é o preço da impaciência: quanto você está disposto a pagar, mais à frente, para poder dispor de algum benefício desde já¨.
¨Nunca se esqueça que as crianças são imediatistas e impacientes, a juventude é muito impulsiva, a maturidade é uma época de equilíbrio de forças e a velhice é quando você vai colher os frutos do que plantou ou deixou de plantar lá atrás¨.
¨Mexa-se enquanto é tempo¨.

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