quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

¨Gordura Trans¨

Além de entupir artérias, a GORDURA TRANS favorece o acúmulo de gordura visceral.
Não há gordura mais nociva à saúde do que a gordura trans. Utilizada para dar mais sabor, melhorar a consistência e prolongar o prazo de validade de alguns alimentos, ela está na pipoca de microondas, nos salgadinhos de pacote, nos donuts, nos biscoitos, nas bolachas, nos sorvetes, na maioria das margarinas ou dos lanches fast-food. A trans é um importante fator de risco para infartos e derrames. Eleva as taxas de LDL, o mau colesterol, e de triglicérides e reduz os níveis de colesterol bom o HDL. Pois bem, o que já era ruim se revelou ainda mais nefasto. Um estudo coordenado por pesquisadores de Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, e apresentado recentemente no 66º encontro anual da Associação Americana de Diabetes, mostrou que dietas ricas em trans favorecem o depósito de tecido adiposo no abdômen, a famosa ¨barriguinha de chope¨, conhecida no jargão médico como gordura intra abdominal ou visceral. Por sua proximidade com órgãos vitais como o intestino, fígado, pâncreas e rins, a gordura visceral aumenta a probabilidade de ocorrências de doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e diabetes tipo 2, entre outros males. A relação entre gordura trans e gordura visceral é investigada há pelo menos uma década. Mas só agora, pela primeira vez, foi possível estabelecer que os laços entre as duas são mais estreitos do que se supunha. ¨Ficamos perplexos com os resultados da pesquisa¨, disse a Veja o patologista Lawrence Rudel, coordenador do trabalho, ¨A gordura trans é muito mais perniciosa do que se poderia imaginar.¨
Durante seis anos, Rudel e sua equipe acompanharam cinqüenta macacos Vervet, espécie nativa do Sul africano – e muito semelhante ao homem na metabolização de gorduras. Divididos em dois grupos, os animais foram alimentados com dietas de valor calórico idêntico. Do total de calorias, 35% provinham de gorduras, o que deveria manter o peso corporal das cobaias inalterado. A única diferença é que um grupo recebeu parte dessas calorias (8%) sob a forma de gordura trans e o outro, a mesma quantidade de gordura monoinsaturada. Encontrada sobretudo em alimentos de origem vegetal, a monoinsaturada é a gordura do bem, abundante no azeite de oliva.
O objetivo do estudo era analisar o papel da gordura trans no formação da ateroesclerose. O que se viu, ao término dos trabalhos, é que o impacto da trans sobre o organismo vai além de artérias entupidas por placas gordurosas.
*Mesmo que a dieta seja controlada, para manutenção do peso, o consumo de gordura trans engorda. Os macacos do grupo trans ficaram 7% mais pesados.
*O peso extra ficou todo concentrado na região abdominal, ou seja, a gordura trans é estocada no organismo sob a forma de gordura visceral.
*Imagens de tomografia computadorizada revelaram que o consumo de alimentos ricos em trans, promoveu uma redistribuição de tecido adiposo, fazendo com que parte da gordura subcutânea migrasse para o abdômen. Os macacos do grupo trans acumularam 30% mais gordura visceral do que os outros animais.
Hoje, autoridades sanitárias de alguns países obrigam os fabricantes de alimentos industrializados a identificar e discriminar no rótulo de seus produtos a quantidade de gordura trans contida neles. No Brasil, o regulamento entrou em vigor no último dia 31 de Junho. A Organização Mundial de Saúde preconiza que a ingestão de gordura trans não ultrapasse 1% do total calórico diário. Numa dieta de 2000 calorias, isso equivale a 2,2 gramas – ou um biscoito recheado de chocolate.
Os males da Gordura Visceral:
*Triplica o risco de infarto ou derrame *Quintuplica a probabilidade de diabetes *Oferece 30% a mais de risco de casos de câncer, em especial os de mama, útero e cólon *Aumenta as taxas de Triglicérides e de LDL, o colesterol ruim *Eleva a pressão arterial *Reduz o colesterol bom o HDL.

Acorde enquanto há tempo, Mexa-se.

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