sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007


PROJETO IMC

RESUMO

A obesidade é uma epidemia, sendo já considerada pela OMS como a doença do século XXI. É uma moléstia crônica, de alto risco e dispendiosa, é também uma das mais prevalentes em todo o mundo, com tendência para aumentar. Além disso, reveste-se de particular gravidade, uma vez que se acompanha de vários fatores de risco e patologias, como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares. Foi com o objetivo de promover a saúde através de mudança do hábito alimentar e introdução de exercício físico na rotina diária, que surgiu a possibilidade de uma valiação dos alunos do colégio pelo IMC.
A intenção inicial será a aferição biométrica (peso e altura), de todos os alunos do Colégio Bilac, para posterior aplicação da fórmula do IMC, e conseqüente classificação dos alunos.

INTRODUÇÃO

A obesidade é vista atualmente como um problema de saúde pública e já vem sendo considerada pela OMS - Organização Mundial de Saúde - como a doença do século XXI, uma vez que sua incidência vem aumentando de forma alarmante. Segundo dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição/IBGE, cerca de 32% de adultos brasileiros apresentam algum grau de excesso de peso, sendo 24,6% com sobrepeso e 8,3% apresentando obesidade. Tanto o sobrepeso quanto a obesidade afetam proporcionalmente mais mulheres (38%) do que homens (27%). O problema é grave em todas as faixas de renda e em todas as regiões do país. Uma peculiaridade da distribuição da obesidade no Brasil é a prevalência sobre homens de classes sociais mais altas e mulheres de menor nível sócio-econômico. Sendo assim, em adultos, os índices da doença não estão aumentando em mulheres da região sudeste do país, pertencentes aos extratos de maior renda. Essa faixa de população dispõe de recursos culturais e econômicos que possibilitam a adoção de hábitos adequados, dietéticos e de atividade física.
Além de ser crônica, muito prevalente e de possuir alto risco, a obesidade é também uma doença muito dispendiosa. Seu custo é estimado do ponto de vista econômico. O custo direto corresponde ao tratamento e às suas conseqüências, que incluem consultas médicas, consumo de medicamentos, exames diagnósticos e internações hospitalares; assim também às doenças associadas, sendo hipertensão arterial, diabetes e aterosclerose algumas delas. Estima-se que este custo corresponda nos países industrializados de 2 a 8% do gasto total com saúde. O custo indireto está relacionado ao impacto sobre a qualidade de vida e produtividade, haja vista a existência de preconceito em relação aos obesos e, igualmente, de dificuldade em desempenhar determinadas atividades ou em encontrar emprego, entre outras. Embora seja difícil estimar com precisão o custo indireto, para a maioria das doenças em que foi estimado, foi muito superior ao
custo direto. A obesidade é uma doença multifatorial, incluindo-se fatores genéticos e ambientais; sócio-culturais; endócrinos e neurológicos; emocionais e psicológicos. Ela se desenvolve quando a aquisição de energia é superior ao consumo; o excedente se armazena sob a forma de gordura, ocorrendo então aumento do peso corporal. A obtenção da medida exata de gordura do corpo é extremamente difícil, mas alguns índices podem avaliar de maneira relativamente correta essa medida. Segundo a OMS, define-se obesidade pelo método indireto da medida do Índice de Massa Corporal. IMC = peso (em kg) sobre a estatura ao quadrado (em metro). Os índices fornecidos pela Organização Mundial de Saúde caracterizam excesso de peso, com IMC de 25.0 a 29.9; e obesidade com IMC igual ou superior a 30.0. Na prática clínica, o cálculo do Índice de Massa Corpórea, também conhecido por Índice de Quetelet, é ainda o mais utilizado. Embora seja um cálculo simples e rápido, apresentando boa correlação com a adiposidade corporal, o índice não diferencia a gordura central da periférica, massa gordurosa da magra, podendo superestimar o grau de obesidade em indivíduos musculosos.
O indivíduo obeso tem maior risco de apresentar inúmeras doenças crônicas, como diabetes mellitus, dislipidemia, doenças cardio e cerebrovasculares, alterações da coagulação, doenças articulares degenerativas, neoplasias, esteatose hepática com ou sem cirrose, apnéia do sono etc.. Esses pacientes tem um aumento expressivo da mortalidade (250% em relação a pacientes não obesos). É justamente o avanço do conhecimento médico sobre o aumento da morbimortalidade que enfatiza a necessidade de intervenção médica no tratamento da obesidade.
A terapêutica da obesidade é complicada e, para ter eficácia, pressupõe modificações comportamentais e de estilos de vida. O tratamento deve dirigir-se objetivando melhora do bem-estar e da saúde metabólica do indivíduo, diminuindo os riscos de doença na vida futura. O conceito de melhora da saúde metabólica do paciente tem por base que a perda de peso é apenas a fase inicial do tratamento, sendo a manutenção do peso perdido o objetivo principal.
A idéia de sucesso no tratamento da obesidade tem sido profundamente influenciada por evidências acumuladas de que perdas modestas de peso - 5 a 10% - podem produzir ganhos significantes para a saúde. Deve-se, portanto, redefinir e legitimar como sucesso num tratamento para obesidade "reduzir a gravidade da obesidade" em vez de "normalizar o peso corporal". Desta forma, até mesmo a estabilização sem perda de peso representa um modesto sucesso, comparado com a história natural de ganho de peso progressivo. Deve-se encorajar objetivos "atingíveis" com expectativas realistas em vez de criticar falhas que levam a pensamentos negativos, evitando com isso que pacientes obesos se desapontem com um tratamento que no seu entendimento não está funcionando, quando na verdade está. Os objetivos não se aplicam somente ao peso em si, mas também a outros comportamentos desejáveis, como aumento de atividade física espontânea ou programada, que podem relacionar-se diretamente com a melhora das condições mórbidas associadas. Enfatizando os benefícios de perda de peso modesta e manutenção, os pacientes estarão mais propensos a enfrentar
as mensagens apregoadas pela mídia e o apelo comercial de produtos potencialmente danosos que prometem perdas grandes e rápidas de peso.
Sendo a obesidade uma doença de origem multicausal, o enfoque para corrigí-la deve ser multidisciplinar. Para o seu tratamento são comumente empregados a dietoterapia, o exercício físico, a modificação no comportamento alimentar, a psicoterapia e, eventualmente, drogas anorexígenas. Mesmo com variadas opções terapêuticas, o sucesso na perda de peso, freqüentemente, é difícil de ser alcançado e/ou mantido.

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi diagnosticar o nível de qualificação em que os nossos alunos se encontram, para posteriormente realizarmos palestras elucidativas, educativas e informativas no campo nutricional, endocrinológico e físico, procurando com isso, oferecer aos nossos alunos uma gama maior de conhecimento sobre a preocupante situação da obesidade no nosso colégio e consequentemente no país.

DESCRIÇÃO DO PROJETO

As aferições serão realizadas pelo Professor Angelo ¨Buzina¨, e realizadas durante as aulas de Educação Física dos alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental (à partir do 8º ano) e Médio.

*Orientação dietética: fracionamento, quantidade e qualidade dos alimentos.
*Atividade Física (importância e necessidade).
*Reuniões com responsáveis pelos alunos
*Palestras com Nutricionistas, Endocrinologistas, Professores de Educação Física, Ortopedistas e Cardiologistas.


IMC

Fórmula: Peso ÷ Altura ao Quadrado


Faixa de Normalidade
IMC de 18,5 a 24,9

Sobrepeso
IMC de 25 a 29,9

Obesidade Moderada
IMC de 30 a 39,9

Obesidade Mórbida
IMC de 40 a 49,9

Tema Livre

Conversando sobre o tema e fazendo uma avaliação do grupo.
Além do mais, os participantes do grupo que estiverem interessados em iniciar alguma atividade física, serão encaminhados para o departamento de educação física do colégio e para a nutricionista, ou quem de competência.

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Hábitos alimentares saudáveis e uma vida menos sedentária certamente são prioridades para fazer com que nossos alunos tenham menores índices de obesidade.
Orientações e uma participação mais efetiva dos Professores de Educação Física, certamente melhorarão e estimularão a procura por uma melhor qualidade de vida, além do hábito da prática de atividades físicas e desportivas que levarão à melhora da performance e uma melhor desenvolvimento no condicionamento físico.

Nenhum comentário: